Recentemente, o mundo da música sofreu uma grande perda: Quincy Jones, uma das maiores inspirações para nós do Anhanguera e para o universo fonográfico como um todo. É consenso que Quincy foi uma das figuras mais icônicas e influentes da história da música, seu legado atravessou décadas, gêneros e gerações, sendo um maestro de múltiplas facetas: produtor, compositor, arranjador e, acima de tudo, um grande visionário.
Reconhecido desde cedo por sua genialidade no jazz, Jones iniciou sua trajetória como trompetista na adolescência e estudou na renomada Berklee College of Music, mas foi em 1960 que o produtor realmente ampliou seus horizontes produzindo trilhas sonoras para diversos filmes. Bem, mas como isso tudo tem relação com a House Music? Logo vamos chegar lá.
Sua parceria mais famosa foi com Michael Jackson, na produção de três dos álbuns mais vendidos da história: Off the Wall (1979), Thriller (1982) e Bad (1987). Thriller, todas as faixas se tornaram sucessos quase instantâneos e permanecem atuais sendo sampleados até hoje. Curiosamente, “Billie Jean” quase foi descartada, pois Jones não acreditava no potencial da música, que só foi incluída no álbum graças à insistência de Michael. Unindo as características únicas de um verdadeiro gênio musical, Quincy elevou as suas produções a um novo patamar.
Quincy transcendeu gêneros como pop, jazz e trilhas sonoras, consolidando-se também como um ícone na música eletrônica, especialmente no Hip Hop e na House Music. Clássicos da disco music como Give Me the Night, de George Benson, e Stomp!, dos Brothers Johnson, são exemplos brilhantes de seu talento. Seu trabalho sofisticado, marcado por harmonias ricas, grooves envolventes e arranjos inovadores, continua sendo uma fonte inesgotável de inspiração para DJs e produtores.
A House Music, nascida em Chicago – cidade natal de Quincy –, desenvolveu uma forte conexão com o Soul, o Funk e a Disco, gêneros nos quais Quincy foi um verdadeiro mestre. Não à toa, ele é uma das maiores inspirações do Anhanguera. Seus arranjos visionários, grooves marcantes e sua inovação no uso de sintetizadores e softwares na produção musical são referências fundamentais em nossa construção artística, ocupando um lugar de destaque em nossas influências de estúdio, lado a lado com seu parceiro e amigo Herbie Hancock.
Sua música vive em nós, deixando um legado eterno e uma infinidade de samples para serem revisitados. Abaixo, listamos alguns dos nossos favoritos:
Nós, do Anhanguera, sampleamos o hit disco Strawberry Letter 23, dos Brothers Johnson, produzido por Quincy Jones em 1977.
Outro clássico da House Music, Strike It Up, do Black Box, que dominou as paradas dance nos anos 90, também sampleou um clássico dos Brothers Johnson, Ain’t We Funkin’ Now, outra produção de Quincy Jones.
Nosso amigo DJ Sneak não apenas sampleou Quincy, mas também o homenageou no título da faixa.
O alemão Max Graef produziu este elegante house utilizando samples da jazzística Along Came Betty.
Da fase jazz/soul de Quincy Jones como artista solo, surgiu um dos maiores clássicos do Hip Hop dos anos 90, que sampleou a faixa Summer in the City.
A faixa também foi sampleada por Nightmare on Wax em Nights Interlude.
por Anhanguera
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