O evento mais aguardado do ano, em Belém do Pará, marcou história. Com um público de mais de 250 mil pessoas, a apresentação de Alok no estacionamento do Mangueirão já é considerado o maior show da cidade. Sem intercorrências, o espetáculo que teve mais de três horas de duração ganhou esquema de segurança integrado entre Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal, utilização do aplicativo “IMEIGUARD” que facilita na localização e recuperação do celular furtado e novas rotas de trânsito coordenadas pelo Detran e Semob.
"Atuamos com agentes de segurança pública de todas as forças envolvidas, Polícia Militar, Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, o DETRAN, a Guarda Municipal de Belém, o órgão de trânsito do município, também todos integrados e com o CICC móvel instalado onde os órgãos estiveram de forma integrada, presentes também, auxiliando a população", ressaltou Secretário de Segurança do Estado do Pará, Ualame Machado.
Os portões abertos às 18h receberam às centenas de milhares de pessoas que chegavam cedo para acompanhar assistir Alok o mais próximo possível. Pouco antes das 21h já se podia observar o local do evento quase que inteiramente ocupado pelo público que dali uma hora presenciaram o início da AUREA TOUR e da contagem regressiva da COP 30.
“Esse show é um marco importante nessa contagem regressiva para a COP 30. Nós queremos conjugar a preservação do meio ambiente com o fortalecimento da economia do Pará, seja através do turismo, turismo de eventos, turismo ecológico e turismo religioso. Queremos conciliar grandes eventos com a mensagem que o governo do Estado quer passar: de preservar o meio ambiente", destacou a vice-governadora Hana Ghassan, que também é Coordenadora do Comitê Estadual da COP 30.
Com os primeiros feixes de lasers riscando o céu paraense, começava o show de Alok que por três horas celebrou a diversidade cultural paraense e a importância de nos conectarmos à sabedoria amazônica.
"Essa COP no Brasil será a mais importante da história, então a gente traz tudo isso nesse show para chamar a atenção do Brasil, e do mundo, para a consciência do que está acontecendo aqui em Belém, que vai ser o centro do mundo no debate climático. Por isso, a gente tem que fazer a COP ficar POP", disse Alok em coletiva de imprensa, antes de subir ao palco.
Já nas primeiras músicas, a multidão entoava um coro típico das festas de aparelhagens paraenses: “endoida c*****” que ficou mais forte quando Alok soltou um set de “rock doido”, expressão usada para falar das festas nas periferias do estado.
Artistas locais engrandeceram a noite. Pinduca, rei do carimbó, com seu chapéu colorido e adornado, cantou o sucesso “Garota do Tacacá”. Gaby Amarantos com um look todo prateado fez o seu tecnoshow: "Viva a música da periferia de Belém do Pará. Cidade da maior cena cultural do Brasil e do mundo. Alok, muito obrigado 'maninho' por emprestar seu talento, sua luz pra dar toda essa visibilidade. É lindo ver o protagonismo dos artistas desta terra", disse ao fim de sua participação.
Um dos nomes revelação da cena paraense, Zaynara fez uma performance enérgica ao lado dos dançarinos. A veterana Vivi Batidão levou o público ao delírio com “Olha Bem Pra Mim”. E, para fechar o bloco, a rainha do Calypso, Joelma que, entre jogadas de cabelos e coreografias, mostrou um remix de “Voando pro Pará” feito com Alok. Outra música inédita apresentada no show foi “Sky is blue”, em parceria com Zeeba, artista que integra a turnê AUREA que em 2025 irá percorrer outras capitais brasileiras.
A propósito, o início da AUREA Tour ganhou destaque no noticiário internacional. A Billboard norte-americana apontou a relação de Alok com os povos indígenas e seu engajamento nas causas sociais. Antes, o canal ABC News nomeava Alok como “Ministre of Music” exatamente pelo envolvimento na preservação da sabedoria dos povos da floresta.
Um dos momentos mais intimistas e reflexivos do show foi quando artistas indígenas que compõem o álbum “O Futuro É Ancestral” ocuparam a base da pirâmide para entoar seus cantos sagrados. Mapu Huni Kuin, Owerá, Brô MC’s, Yawanawás, Célia Xakriabá, Kaingang e Guarani Nhandewa mergulharam o público nos relatos cotidianos sobre a fauna, flora e a preocupação ambiental como guardiões das florestas, lembrando que dentro de um ano o mundo estará ali, no coração amazonense, para discutir ações de combate às mudanças climáticas. Soma-se a esse grupo o trabalho visual da artista paraense Roberta Carvalho que apresentou a série Symbiosis, combinando ancestralidade e tecnologia , explorando a relação entre a floresta e as comunidades amazônicas por meio de projeções que evocam a força da natureza profunda entre as pessoas e o território. Esse conteúdo de valorização do pensamento amazônico, da sabedoria de cuidar da floresta, foi exibido nos dois mil painéis de led que compõem a pirâmide.
Drones sincronizados à música de Alok emocionaram não apenas as pessoas no local do show, mas àqueles que estavam aos arredores também, já que os maquinários podiam ser vistos a quilômetros de distância. À uma altura de 150 metros, eles esculpiram o céu da cidade fazendo referência à COP 30 e interagindo com a estrutura do palco em formato de pirâmide simbolizando uma árvore sendo germinada.
Por onde a nave Áurea passar deixará contribuições para um futuro sustentável, como por exemplo, apoio a projetos de reflorestamento. Para a Amazônia, em breve, serão anunciadas ações do Instituto Alok para restauração de áreas degradadas no Pará e no Acre. Além disso, todos os shows têm estratégias de compensação de CO2.
Em Belém, foi uma noite memorável não apenas na área cultural e turística, mas na social também, já que Alok doou o seu cachê integral à Santa Casa de Misericórdia da cidade.
O evento foi apresentado pelo Banco do Brasil com patrocínio master da Vale, patrocínio do Governo do Pará, Estrella Galícia e Vivo, apoio de Stanley e produção da 30e.
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