SONHO DE ARTISTA: UMA AGÊNCIA QUE VENDE TALENTOS “LOCAIS” PARA O MUNDO, FALAMOS COM A BEATPLAY

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SONHO DE ARTISTA: UMA AGÊNCIA QUE VENDE TALENTOS “LOCAIS” PARA O MUNDO, FALAMOS COM A BEATPLAY


 Conhecida por vender talentos locais para diversas cidades do país, a Beatplay vem se destacando por sua abordagem inovadora e seu impacto significativo na carreira de artistas fora dos grandes centros.

Sob a liderança de Jamila Martins, a Beatplay Bookings tornou-se uma das agências de artistas emergentes mais dinâmicas do Brasil, promovendo a carreira de artistas como Flare, Lükki, Carla Elektra e Brannco ao reconhecimento nacional e internacional. Além da entrevista você confere aqui algumas fotos de Alibi23, Flare e Fcost, cada um tocando em cidades diferentes do Brasil.

A cena eletrônica no país tem experimentado uma transformação notável nos últimos anos, impulsionada por uma diversidade de talentos e iniciativas inovadoras. Fundada em outubro de 2021 em Pouso Alegre, MG, por Jamila, Massafera e Colt, a agência visa profissionalizar a cena local e regional, oferecendo uma estrutura de backoffice e realizando eventos no formato showcase em parceria com clubs e pubs.

Jamila Martins conversou com Nazen Carneiro nessa entrevista exclusiva para a Play BPM sobre as estratégias e casos de sucesso dessa agência que está movimentando a cena eletrônica Brasil adentro. Se quiser saber mais sobre as personagens desta história, acesse nas redes sociais @alibi23br@playflare@fcostmusic@beatplaybr e @oijamila. Confira a seguir a entrevista completa:

Álibi em Congonhal (MG)
Álibi em Congonhal (MG)


Quais cidades estão mais fortes na cena eletrônica nacional hoje?

Jamila Martins: Identificar as cidades "mais fortes" é um desafio, pois cada região possui características e atrativos peculiares, temos uma cultura bastante extensa. No entanto, podemos destacar alguns polos que se consolidam como referências: São Paulo, Curitiba, Porto Alegre (agora bastante prejudicada), Brasília, Florianópolis, Recife e Fortaleza, são cidades que sempre estão constantemente no radar da Beatplay BR.


Flare na Help Pub, em Varginha (MG)
Flare na Help Pub, em Varginha (MG)


Quais cidades são o Top 5 da Beatplay?

Jamila Martins: Vou citar o top #05 pois ele é mais concreto: São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Pouso Alegre/MG.


Fcost em Bragança Paulista (SP)
Fcost em Bragança Paulista (SP)


Vocês têm uma extensa pesquisa de mercado. Em que ponto a agência atuou de forma que gerou mais impacto utilizando estas informações?

Jamila Martins: A Beatplay realiza pesquisas de mercado constantemente para aprimorar suas estratégias e atender às demandas do público. Um dos exemplos de como essa pesquisa gerou impacto significativo foi na ampliação da atuação da agência para novos estados. Ao analisar dados sobre o mercado e identificar a crescente demanda por música eletrônica em diferentes regiões, a Beatplay expandiu sua base de clientes e artistas, levando seus eventos e serviços para além de Minas Gerais e São Paulo.

Essa iniciativa resultou em maior visibilidade para a agência e seus artistas. Além disso, a Beatplay se consolidou como uma agência nacional, reconhecida por sua atuação em diversos estados. A expansão possibilitou o acesso a novos públicos e mercados, gerando novas oportunidades de negócios e parcerias, desta forma contribuindo para o cenário nacional. A Beatplay levou música eletrônica de qualidade para diferentes regiões, democratizando o acesso à cultura e impulsionando o crescimento da cena em todo o país.


Você está em contato não somente com os grandes centros, mas com diversas cidades do interior dos estados. Por gentileza, comente a importância dos menores centros para a cena eletrônica de um modo geral.

Jamila Martins: Os menores centros da cena eletrônica, muitas vezes chamados de "cenas underground", são fundamentais para o desenvolvimento e renovação da música eletrônica no Brasil. Eles oferecem um espaço para experimentação, descoberta de novos talentos e formação de público.

O interior dos estados brasileiros também apresenta uma cena eletrônica bastante interessante e em constante crescimento. Cidades com menos de 100 mil habitantes podem ter clubs badalados, festivais e DJs muito autênticos, a experiência do interior e a luta pela resistência é bastante inspiradora, convido todos leitores a frequentar um evento intimista, bem produzido, no interior, é uma experiência bastante particular e que com certeza vai ficar elencado na cabeça do cliente.


Flare na Lounge Tour, em Pouso Alegre (MG)
Flare na Lounge Tour, em Pouso Alegre (MG)

Pode destacar alguns pontos em comum nos menores centros, por gentileza?

Jamila Martins: Sim, claro… há muito mais liberdade criativa, por exemplo. Artistas e produtores têm a oportunidade de explorar novos estilos e conceitos sem a pressão comercial dos grandes centros.

A comunidade é mais unida: O público e os artistas se conhecem e se apoiam mutuamente, criando um ambiente acolhedor e propício à colaboração, é bem diferente das metrópoles.

Novos talentos são descobertos: Pequenos eventos e clubs revelam novos artistas que, posteriormente, podem alcançar sucesso nacional e internacional.

A Beatplay reconhece a importância dos menores centros e atua para fortalecê-los ao realizar eventos em cidades do interior. A agência leva seus artistas e eventos para diferentes regiões, democratizando o acesso à música eletrônica de qualidade.

Apoia artistas locais: A Beatplay oferece suporte para artistas de diferentes localidades, ajudando-os a desenvolver sua carreira e alcançar reconhecimento.

Promove a interconexão entre as cenas: A agência conecta artistas e produtores de diferentes regiões, facilitando o intercâmbio de ideias e experiências.


Álibi na Showcase BP, em Pouso Alegre (MG)
Álibi na Showcase BP, em Pouso Alegre (MG)


Entre os cases de sucesso da agência, qual você gostaria de destacar agora para o público do Play BPM?

Jamila Martins: A história de Álibi23, duo formado por Gustavo Moreira e Diego Furlanetto, transcende a simples trajetória de dois DJs. É um movimento orgânico que vem conectando pessoas e transformando a cena eletrônica do Sul de Minas Gerais. Nascidos em cidades com menos de 50 mil habitantes, Gustavo e Diego compartilham uma paixão incomum para o techno melódico, antes do gênero ser popular na região.

Com persistência e bastante trabalho, eles conquistaram amigos que antes curtiam sertanejo, funk e pagode, expandindo o público para esse estilo musical. Mais do que um duo de DJs, Álibi23 se tornou um ponto de encontro para amantes da música eletrônica. O projeto compartilha experiências e constrói laços de amizade que vão além da pista de dança. A base de fãs de Álibi23 é sólida e apaixonada.

Amigos que antes não imaginavam se aventurar em festivais como Afterlife, Time Warp e DGTL agora se tornaram entusiastas da música eletrônica, impulsionados pela paixão contagiante do duo. Álibi23 demonstra que a música eletrônica tem o poder de unir pessoas, transcender barreiras e transformar realidades. Sua história inspira novos talentos e contribui para o crescimento da cena eletrônica no Sul de Minas Gerais, provando que a paixão pela música pode mover montanhas, mesmo em cidades pequenas.


Fcost na Hey Hoy em São Paulo
Fcost na Hey Hoy em São Paulo

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