A areia branca, as águas cristalinas e a vegetação tropical não são os únicos atrativos da praia de Pratigi, no município de Ituberá, a cerca de 170 km de Salvador. Para além das belas paisagens e rica história indígena, está o Universo Paralello, que acaba de anunciar ninguém menos que Astrix para a sua 18ª edição, entre os dias 27 de dezembro de 2024 a 3 de janeiro de 2025. (Ingressos aqui)
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A atmosfera do UP é inigualável, a música é apenas um aperitivo em meio ao espírito de comunidade e celebração, onde todos são incentivados a se expressar livremente e se conectar uns com os outros, criando uma sensação de unidade e pertencimento. A diversidade cultural é um dos pilares do festival, refletida na variedade de nacionalidades presentes e nas diferentes expressões artísticas.
Foto: Coletiva.a.mente
Produzir um evento como este tem lá os seus desafios, mas com certeza reflete muito dos seus próprios criadores, que buscam levar para o público uma experiência transformadora e proporcionar não apenas diversão e entretenimento, mas também momentos de introspecção e crescimento pessoal.
A House Mag bateu um papo com uma das mentes por trás deste grande projeto, o DJ produtor Bhaskar, que praticamente cresceu junto com o UP. O irmão gêmeo de Alok, filho de Swarup e Ekanta, revelou novidades exclusivas para essa edição e também contou um pouco mais da sua história, envolvimento e paixão pelo festival.
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RTH: Olá, Bhaskar! Obrigado por falar conosco sobre este importante festival que é o Universo Paralello. Falando nele, você tem alguma edição favorita?
Bhaskar: Obrigado vocês pelo convite. Caramba, difícil responder, todas foram especiais mas provavelmente as que mais me marcaram foi essa última e 2019/2020.
RTH: Você frequenta o UP desde criança mesmo? Quais são suas primeiras lembranças do festival?
Bhaskar: Sim, na primeira edição eu tinha 9 anos. Quando criança a gente ia mais pra acompanhar nossos pais. Não tínhamos muito interesse ainda pelo festival em si. Íamos para brincar com as outras crianças.
Foi a partir de 2004 que me apaixonei por música eletrônica e comecei a entender o que era o UP. Lembro muito bem da empolgação de receber tantos artistas que eram referência pra mim. Eu ficava o dia inteiro plantado no palco ouvindo set após set pra aprender o máximo.
RTH: A sua estreia no festival foi em que ano? Como foi?
Bhaskar: Foi em 2004, e foi exatamente quando eu e meu irmão vimos que queríamos levar isso a sério. Meu pai colocou a gente pra fazer a hora do réveillon, o peaktime do festival. Então com essa grande responsabilidade tivemos que nos dedicar mais e nos apaixonamos pela profissão. Foi incrível!
RTH: Por que vocês decidiram fazer o UP anualmente desde o ano passado? É um momento especial que o festival vive?
Bhaskar: Por vários motivos, mas o principal foi por um planejamento a longo prazo. Queremos desenvolver cada vez mais o espaço do festival, construir pistas com estruturas fixas, e tivemos esse feeling de que temos gás para fazer anualmente.
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RTH: Além de um festival de música, o Universo Paralello é uma celebração. Como é a sensação quando chega o momento de ir para Pratigi viver o festival com sua família?
Bhaskar: É muito legal poder produzir um evento tão especial do lado dos seus familiares. Sempre temos nossos momentos de reunir na pré produção e durante o festival e todos nós temos a sensação de pertencimento quando estamos em Pratigi.
RTH: Lidar com a produção de um festival dessa magnitude é um desafio. Qual parte você diria ser a mais trabalhosa para entregar o produto final?
Bhaskar: O fato de ser em um lugar tão isolado. Tudo se torna 10x mais difícil, desde a parte de contratação artística até a logística de construção do festival. Se o UP fosse feito próximo a uma capital com certeza a operação seria muito mais simples.
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RTH: E para fechar: o que o público pode esperar da edição deste ano?
Bhaskar: O Universo Paralello, como o nome já diz, é uma oportunidade de trazermos algo que não conseguimos viver nos nossos “dias normais”, então a cada ano pensamos em novas formas de celebrar e nos conectar.
Grandes mudanças vão ser feitas este ano, fazendo o festival caminhar para um lado cada vez mais ligado à diversidade e cultura, que é a alma do festival. Venham de coração e cabeça aberta para viverem uma experiência única e diferente de tudo que já experienciaram, inclusive em outros UPs.
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