A vibrante cena techno de Berlim conquistou oficialmente um lugar de destaque no patrimônio cultural imaterial da humanidade, conforme anunciado pela Unesco.
Esta distinção reconhece não apenas a música eletrônica, mas também a rica tapeçaria cultural que a envolve. A decisão foi celebrada por Lutz Leichsenring, da Clubcommission de Berlim, que destacou a importância do reconhecimento para os produtores de techno, artistas e organizadores de eventos na capital alemã. Em um momento crucial, em que os clubes de Berlim ainda se recuperam dos impactos da pandemia de Covid-19, o apoio à preservação e desenvolvimento da cultura dos clubes é mais vital do que nunca.
A inclusão da cena techno de Berlim na lista de patrimônios culturais imateriais da Unesco é parte de um conjunto de seis novos registros para a Alemanha. Esses registros representam uma variedade de tradições culturais, desde o Finsterwalder Sangestradition, uma tradição de canto em Brandemburgo, até o Kirchseeoner Perchtenlauf, um desfile de inverno na Baviera. Cada um desses elementos contribui para a rica tapeçaria cultural do país, promovendo a diversidade e a identidade cultural.
Para a Unesco, o patrimônio cultural imaterial abrange uma ampla gama de práticas, expressões e conhecimentos transmitidos ao longo das gerações. No caso da cena techno de Berlim, isso inclui não apenas a música em si, mas também a comunidade e o ambiente que a sustentam. A contribuição de artistas como o Kraftwerk e o Underground Resistance, de Detroit, é reconhecida como fundamental para a criação e disseminação dessa cultura.
A decisão da Unesco é vista como um reconhecimento do valor das práticas culturais vivas e em constante evolução. Ela destaca a importância de proteger e apoiar tradições que promovem a identidade e a continuidade das comunidades. Além disso, ressalta a necessidade de preservar e promover essas tradições em face de desafios contemporâneos, como a pandemia de Covid-19, que impactou severamente os clubes de Berlim.
A Alemanha agora conta com 150 registros na lista da Unesco, um testemunho da riqueza e diversidade de sua herança cultural. Para os líderes culturais do país, como a comissária federal para a Cultura e Mídia, Claudia Roth, esses registros representam a riqueza e a vitalidade da cultura alemã, desde suas subculturas até seus artesanatos tradicionais.
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