Quem vive a cultura da música eletrônica entende que este universo vai muito além das festas. As raízes deste movimento prezam a valorização da diversidade, formando uma pluralidade de sons e de pessoas, atraídas pelas batidas que entregam mais que groove e melodia… proporcionam um ambiente de liberdade, respeito e união.
É neste sentido que Lauss Defávori e Alexer Mendes entendem a música eletrônica. Donos da produtora artística BYH Music, eles têm a missão de auxiliar artistas, profissionais da cena e a comunidade solucionando problemas, buscando melhorias e contando histórias de forma criativa através de serviços de comunicação audiovisual, design, web e táticas de engajamento em redes sociais.
E foi através deste trabalho de busca pela visibilidade da música eletrônica brasileira que surgiu a ideia de produzir um documentário sobre o cenário deste gênero musical no país, mas que passou por algumas transformações ao longo da imersão dos produtores nesta jornada.
“Viajamos para Portugal e Espanha e começamos a gravar por lá. Perguntamos às pessoas do cenário underground desses países sobre DJs e produtores brasileiros que eles conheciam, mas percebemos que o conhecimento deles estava somente em alguns nomes mais relevantes da cena mainstream. Mas algo nos chamou a atenção entre os discursos: a unanimidade de todos em abordarem a questão de existir um movimento de cura e transformação da música eletrônica. Isso estava muito forte lá na Europa e começou a mexer com nosso raciocínio criativo. Por que todos mencionavam esse tópico sem nem mesmo perguntarmos sobre?”
Conta LauraFoi então que durante uma passeio de carro eles tiveram a ideia de alterar o foco do documentário e, mais que isso, escrever um livro sobre o poder de cura e transformação da música eletrônica. Para tal, Laura desenvolveu o conceito de egrégora da música eletrônica.
Na verdade, a egrégora pode ser de qualquer natureza. Trata-se de uma ideia de união mental e emocional de um grupo de pessoas que, com grande força, pode transcender os membros do grupo, podendo ser considerada uma consciência coletiva. Ela é como um catalisador de ideias e valores que são compartilhados e fortalecidos por um grupo de pessoas, e que influenciam comportamentos e crenças dos envolvidos.
Para Laura, a egrégora da música eletrônica tem relação com a coletividade e a energia compartilhada no ambiente. Tem a ver com a vibe da música eletrônica, que não traz só a cura e transformação, como citado pelos entrevistados, mas também cultura, conexão, criatividade, inovação, senso de comunidade, inclusão, igualdade… uma consciência coletiva que transcende a música. Este é o propósito do projeto em desenvolvimento da BYH Music.
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