Estamos na fase mais aquecida da carreira de Fabio Seiki, mais conhecido como Acid Asian. O brasileiro teve seu nome catapultado no cenário nacional e internacional após o suporte de Charlotte de Witte. Desde então, ele já lançou um EP no selo da belga e está confirmado em outras duas edições da label party da artista.
Mas para abrilhantar ainda mais o seu ano, ele foi confirmado no line-up de mais dois grandes festivais internacionais que chegam ao país. No Tomorrowland Brasil ele se apresenta no sábado (14), das 15h às 16h no palco Tulip. Já no DGTL São Paulo, sua casa é o palco Generator.
Batemos um papo exclusivo para saber mais detalhes sobre a preparação e as expectativas do artista. Confira:
WIR: 2022 e 2023 têm sido anos de grande importância para seu projeto, que alcança cada vez mais suportes nas tracks e espaço em line-ups de festas prestigiadas. Mas sua origem está lá nos coletivos e clubs underground de diferentes regiões do país. Como enxerga seu papel nestes dois diferentes cenários?
Acid Asian: Essa primeira pergunta é bem interessante e legal, porque, no começo, quem me apresentou as festas dos coletivos underground em São Paulo, principalmente, foi o Bruno, que é um irmão para mim. Ele que me colocou na cena techno e sempre quando a gente voltava dos rolês, conversávamos sobre objetivo de não ficar só no underground, sabe? Tentar ter dois tipos de público e conseguir tocar nesses dois tipos de festa. E aí quando eu vi meu nome ali na DGTL e na Tomorrowland, eu olhei para ele e falei: “a gente conseguiu!”. Porque as duas festas têm públicos diferentes mas têm um significado muito grande para o nosso objetivo, de mostrar que o meu som conseguiu agradar várias pessoas.
Eu vejo também meu papel de responsabilidade nesse sentido, ao ter a oportunidade de tocar tanto na Tomorrowland quanto na DGTL, de tentar pegar essa galera que não escuta tanto um som underground e apresentar o Hard e o Techno de uma forma mais tranquila, se assim podemos dizer, com o cuidado de manter a minha linha, claro. Mas com isso levá-los para os clubs e coletivos undergrounds, fazer com que frequentem e se conectem com labels como Vortex, Clube dos Lenhadores, Volt, Chaos, Coletivo Hangover, Techno Sessions… para que assim esses eventos também possam crescer.
Estar na programação do Tomorrowland em seu retorno ao país é uma conquista e tanto! Como surgiu o convite para se apresentar no festival? Qual foi sua reação e como tem sido a preparação para 14 de outubro, dia de encerramento do evento?
Acid Asian: O convite da Tomorrowland Brasil veio no primeiro semestre. Eu não acreditei, na verdade, quando a Ana, que é a minha booker, me ligou falando que a gente tinha recebido o convite e perguntando se estava disponível para tocar dia 14. Eu nunca imaginei, nem nos meus melhores sonhos, estar tocando na Tomorrowland, sabe? Era um negócio muito grande e muito distante pra mim, mas está acontecendo agora aos meus três anos de carreira.
Mas uma curiosidade: a festa que me acendeu essa chama de querer aprender a tocar foi a Tomorrowland. Quando eu vi no YouTube em 2012/2013, me interessei em saber como funcionava todo o show. Então, poder tocar nesse evento é muito doido, porque vou estar tocando num festival que me fez ter vontade de virar DJ. E sobre a minha preparação, estou tentando fazer várias músicas para testar lá também. Vou tocar meu próximo lançamento, além das minhas tracks que já foram lançadas. Então, podem esperar um set com bastante track autoral.
WIR: No mês seguinte você tem outra gig importante: o DGTL São Paulo. O próprio Du Serena, organizador do festival, o reconheceu como um dos grandes novos talentos da cena eletrônica do país. Como é dividir o line-up com tantos nomes de vanguarda, a nível nacional e internacional?
Acid Asian: Sobre a DGTL, ser reconhecido como um dos grandes, novos talentos pelo Du Serena é algo que eu fico sem palavras. Acho que desde que eu criei o meu projeto, o meu maior objetivo era poder viver da música, sabe? E aí além da Charlotte de Witte tocar uma música minha, eu acabei lançando um EP lá, então… posso falar que tudo que está acontecendo agora comigo é uma utopia. Até o Vegas falou isso uma vez e eu me identifiquei muito, porque já estou vivendo o meu maior sonho, que é poder acordar, tomar um café e ir pro meu estúdio fazer música ou qualquer outra coisa relacionada a isso. Então ser visto por players do mercado como um novo talento é algo que eu não esperava. Ano passado eu estava na pista da DGTL curtindo, foi um dos melhores eventos do ano passado pra mim, e esse ano estar lá tocando e dividindo o palco com grandes artistas que eu acompanho pelo Instagram, como Shlomo, Clara Cuvet e Cera Khin, pra mim é surreal. Quero agradecer todo o apoio da do pessoal que me abraçou, porque acho que se não fossem todos eles, nem eu notaria onde estou hoje.
WIR: Ainda sobre o DGTL São Paulo, o que podemos esperar de sua performance no palco Generator?
Acid Asian: Acho que o pessoal pode esperar muito Hard Techno e muita música minha também. Vou tentar levar um pouco das minhas apresentações nesses coletivos mais unders para a DGTL, que é um festival que abre essa possibilidade de poder tocar um pouco mais pesado. E aí tentar fazer com essa galera que me viu no Tomorrowland Brasil tenha vontade de ir me ver na DGTL também, apresentado esse outro lado voltado pro underground.
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