Não tem como mencionar o estilo Nu Disco sem falar do projeto Satin Jackets.
Desde 2012, o alemão Tim Bernhardt vem impressionando a todos os amantes do gênero com uma track atrás da outra e todas, sem exceção, de altíssima qualidade com Satin Jackets.
Praticamente todos os DJs de Nu Disco conhecem e muito provavelmente tocam suas tracks em seus sets. Com uma mescla entre o pop e o underground, são tracks cheias de emoções e pitadas de influências comerciais.
Em collabs com muitos cantores mundo afora, Tim usa e abusa dos timbres e grooves da disco. Entre as collabs mais bacanas estão as com o cantor australiano Panama, são inúmeros trabalhos juntos. Falando em trabalho, seu último vem com a dupla também alemã Booka Shade intitulado Fusion Royale, mostrando a força germânica na música eletrônica.
Nosso correspondente na Califa, Rafael Araújo, trocou uma ideia rápida ideia com Tim sobre seu projeto Satin Jackets, detalhes da carreira e muito mais. Confira com exclusividade aqui, na maior revista de música eletrônica do mundo em sua edição brasileira, a DJ Mag Brasil!
RTH: O que você sabe sobre a cena musical brasileira?
Apesar de não ter insights detalhados, ouvi dizer que é muito viva e esforçada. Também reconheço várias mensagens de fãs do Brasil.
RTH: De onde você tira inspiração para fazer sua música? O que você costumava ouvir enquanto crescia?
Passei a maior parte da minha adolescência nos anos 80, o que obviamente teve um grande impacto na música que faço hoje. Eu costumava ouvir muita Disco, mas também New Wave e Pop. Era impossível escapar das paradas naquela época. Mais tarde, fui absorvido pela próxima cena da House Music, que me levou aos anos 90. Foi também quando comecei a produzir minhas próprias músicas.
RTH: O que você costuma ouvir quando não está relacionado à música eletrônica?
Eu gosto de jazz e também coisas de cantor/compositor. De preferência, quando estou dirigindo meu carro ou viajando em geral.
RTH: Como você descreve a música que você lança hoje em dia?
Acho que o gênero “Nu Disco” ainda se aplica, apesar de estar se tornando um caldeirão de estilos diferentes. Eu incorporo elementos de Deep House na minha música, ao mesmo tempo em que as combino com elementos do pop. Eu acho que é algum tipo de música híbrida com finalidades diferentes.
RTH: Quais instrumentos você toca ?
Eu toco teclados.
RTH: O que você usa para produzir? DAW, plug-ins, hardwares?
Hoje em dia estou usando totalmente DAW e Plugins. A maioria das minhas produções são feitas com o Ableton Live. Em termos de plugins, utilizo os da Native Instruments, Universal Audio, Waves e iZotope.
RTH: Você tem muitas colaborações. Você costuma planejá-los? Ou é algo que simplesmente surge? Como você seleciona os cantores?
O critério mais importante é que eu goste da voz e do estilo de cantar. Uma vez que algo me agarra, não consigo impedir meu cérebro de querer produzir uma música. Não há muito planejamento para ser honesto. Aproveito principalmente a oportunidade que sinto em que pode ser uma boa combinação. Às vezes, uma porta se abre como trabalhar com Booka Shade, o que certamente foi ótimo.
RTH: De todas as suas faixas, você tem alguma especial que gostaria de falar? Como foi o processo de produção?
É como ter que decidir qual dos seus filhos é o seu favorito. Impossível.
RTHl: Algum novo álbum no horizonte? Que tal um show no Brasil?
Por enquanto estou lançando um novo single a cada um ou dois meses e continuarei a partir daí. Obviamente adoraria fazer um show do Satin Jackets no Brasil.
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