Em três faixas originais e dois remixes, o artista conduz o ouvinte a viagens hipnotizantes por uma música complexa e visceral
Apertar o play em quaisquer que sejam as produções de Bertuol é não inundar-se somente de uma música com camadas profundas, mas também imergir em pensamentos filosóficos, intrínsecos ao processo criativo do artista a cada novo lançamento. Através das dimensões minimalistas e melódicas do Techno, é possível encontrar repetidas vezes em seu histórico artístico esse desejo de provocar mais do que uma boa dança na pista, instigando o público a embarcar também em seus pensamentos e emoções.
Já são três anos como produtor, sendo 2022 o mais marcante entre eles, em que levou uma de suas músicas ao VA “Resonate Vol.7“, da gravadora sueca Mercurial Tones, e na sequência emplacou o EP “Magnetic“, pelo mesmo selo. Em ambos os projetos, o artista concilia com maestria uma aura de mistério a ritmos groovados e envolventes, conduzindo o ouvinte a viagens hipnotizantes por uma música complexa e visceral.
E é essa atmosfera inebriante de significados subjetivos que o brasileiro apresenta em seu EP debut para a Prototype Music, lançado no dia 16 de dezembro. Original, versátil e bastante emocional, “No Perspective” nasce do âmago de aflições e incertezas vividas pelo artista durante o período de isolamento, refletindo consequentemente muito do que foi enfrentado por todos nós.
Em três faixas originais e dois remixes, por Suit 9 e Fractal Architect, Bertuol deposita sua crença na música como recurso de perspectiva esperançosa, sendo guia para momentos de incerteza nas mais diversas áreas da vida. Tudo isso salta aos ouvidos através de batidas fortes e melodias apoteóticas, num torrencial de emoções sintetizado em frequências sonoras.
Fechando 2022…
Por fim, a gravadora deu espaço para um último lançamento no ano: o EP Dusty Planet, pelo mexicano Rodrigo Ochoa aka Roøe. Neste trabalho, ele traz as linhas hipnóticas e imersivas em duas faixas originais contemplando o melhor dos elementos do Progressive House e do Melodic Techno.
A faixa-título “Dusty Planet” nos deixa à mercê da estrutura do caos e da perfeição, no melhor estilo “após a tempestade vem a bonança”, em uma track pronta para o Peak Time das melhores pistas de dança. Já “Sandstorm” guia os passos do ouvinte para fora de sua própria mente e enaltece o foco no presente a fim de elucidar o momento com batidas bem marcadas em um tom dramático. Ouça também:
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