ALLAN BLUE REFORÇA AS ORIGENS DA CLUB MUSIC COM NOVO EP, “CELESTIAL SATIRE”

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ALLAN BLUE REFORÇA AS ORIGENS DA CLUB MUSIC COM NOVO EP, “CELESTIAL SATIRE”


DJ e produtor lança pelo selo DSRPTV Rec

Não é novidade que a nossa capital Brasília é uma fábrica de talentos na música eletrônica. Um exemplo disso é o Allan Blue, DJ e produtor que acaba de lançar um novo EP pela DSRPTV Rec, selo conhecido na cena underground brasileira por acolher diversas abordagens sonoras de artistas de diferentes estilos. Em “Celestial Satire“, o lançamento apresenta seis faixas originais. 

Conhecendo suas referências

O artista conta que já vem acumulando influências desde muito cedo, quando tinha 13 anos, aprendendo a mixar com o pai. “A gente escutava House e Tech House e eu já estava apaixonado pela música eletrônica, me instigando a produzir logo aos 16 anos. Isso me despertou um gosto por sonoridades mais groovadas como Alex Kenji, Hugo, Claude VonStroke”.

Ainda assim, ele não perdeu as referências que escutava com seu pai, como Euro Dance, festas de Jungle e DnB (Paranoia-BSB), além de estar sempre próximo de grandes referências de DJs locais. Com o tempo, Allan passou algum tempo por sons mais minimalistas como Layo & Bushwacka, Ricardo Villalobos, S.A.M., Pola, e ultimamente, por conta do contexto global, tem passeado por sons mais rápidos e energéticos, também alguns mais sombrios e marcados, Detroit, Techno… 

“Algumas referências que têm me influenciado ultimamente são: Sansibar, D.Tiffany, Roza Terenzi, Quest, Flo Massé, Le Loup, Adam Pits… Já como referências locais mais próximas são: Truecall, Armênia, In Oceanul Cosmic, Ian R, Villaça, Kair, Giograng, Max Underson, PR.A.DO… Porém, tenho referências de muitos estilos diferentes como Ozric Tentacles (Psychedelic rock), muito rap, hip-hop e algo valioso que SP me ofereceu que foi o MPB”, reforça.

Destrinchando o EP

Aqui Allan Blue resgata as sonoridades clássicas das baterias eletrônicas e sintetizadores da Roland – estas que mudaram para sempre a história da música eletrônica – para apresentar uma síntese sonora perspicaz. As faixas têm certo contraste, entretanto: “Dog’s Bark”, por exemplo, é obscura, minimalista e ácida, enquanto “Celestial Satire” tem uma pegada mais lenta e mais para o lado lounge

Falando do processo criativo, ele conta que utilizando as clássicas da Rolland e Korg, tentou partir de uma interpretação de uma jornada onde nascemos com padrões pré-estabelecidos: “Tento mostrar isso na primeira faixa, ‘Walking on The Edge’, e como nos perdemos e nos reencontramos em certos momentos, moldando-nos. A partir dela, dou continuidade com ‘Dogs Bark’, que representa o divino, algo preponderante e imprevisível. Logo com ‘Celestial Satire’, tento trazer uma visão mais cética e que representa o hoje, como rotinas, ideias ultrapassadas, emoções contidas… Tendo um lado A (3 músicas) e B (3 músicas) interconectados de alguma forma, um lado mais introspectivo e o outro voltado para as pistas. Além da ‘Dantes Inferno ll’ (NFT), onde trago um conjunto mais formado da ideia que quero passar”

Allan prossegue sua jornada de ambientação percussiva oldschool com detalhes ruidosos posicionados ao fundo, ora com certa finesse melódica – a exemplo das faixas “Effulgence” e “Dante’s Inferno” – ora com uma dose comedida de obscuridade em “Zumbi” e “Walking on The Edge”. A abordagem sonora do trabalho, portanto, é coerente, intrigante e conversa com diferentes momentos da pista.  

“Foi interessante tentar conectar umas às outras, por que mesmo assim ainda me sentia livre em cada ideia, gosto da ‘Effulgence’ por me representar bastante. Tento trazer alguns elementos de house que remetem aos clássicos, porém distorcidos, assim como nossa visão sobre o passado. Talvez a minha preferida seja ‘Dante’s Inferno ll’, que está disponível em NFT. Com a ‘Zumbi’ tento trazer grooves abrasileirados, onde gostei muito do resultado. Assim fecho o ciclo de uma jornada de experimentação”, conclui.

Confira o EP abaixo:

https://pianity.com/allan-blue/dantes-inferno-ii

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