Instrumentista apaixonada por trilhas sonoras agrega influências orgânicas e melódicas em suas composições de Techno
Sabe aquele tipo de talento que quando toca os ouvidos, quase que instantaneamente, te faz pedir por mais? Assim podemos definir os frutos do primeiro lançamento da mineira Natalia Zaneti, assinando o oitavo EP lançado pela Real Supernova. Na faixa Nótt a ambiência entregue pela produtora é serena e baseada em um trabalho profundo com as melodias. Enquanto em Dagur, o BPM é levemente elevado, atribuindo nuances mais obscuras.
O EP de Natalia é muito bem desenvolvido e expõe uma complexidade ímpar para um primeiro lançamento. Para entender melhor a consistência da mineira, basta evocar sua jornada musical — de longa data, inclusive. Começa na infância com a ignição dada a partir de sua família, evolui apoiado por um precoce talento com o piano e o violino, mas é através do encantamento por trilhas sonoras de cinema que esse amor enlaça Zaneti de uma vez.
Com a paixão enraizada, em meados de 2014 ela aprendeu a discotecar — formada pelo music center DJ Ban. Após os períodos morando na China e em uma das maiores praças fomentadoras do Techno, Berlim, o estreitamento com o ritmo estava formado.
A partir dessa construção, Natalia enriquece sua bagagem musical, o que permite essa entrega íntegra logo de primeira. Como DJ, ela não deixa de impressionar com passagens pelas influentes pistas do Clash Club e The Sailor, além de um admirável set para o Superafter (D-Edge) de cinco horas. Empolgante ver uma ascensão assim, não é?
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